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Apoio da Igreja ajuda UNICEF com campanha de vacinação contra o tétano em países de alto risco

A Igreja e o UNICEF se concentram no tétano materno e neonatal, uma doença mortal, mas evitável, que tende a afetar mulheres grávidas e seus filhos

Nancy Nguidia terá seu quinto bebê em breve. A mãe de 32 anos, da República Centro-Africana, já tem três meninas e um menino.

Para proteger a si mesma e a seu novo bebê, Nguidia recebeu recentemente uma vacina contra o tétano materno e neonatal (TMN), uma doença muito mortal, mas evitável, que tende a afetar mulheres grávidas e seus filhos.

O tétano é contraído através da exposição a bactérias que podem entrar na corrente sanguínea, através de feridas ou cordão umbilical de um recém-nascido. O TMN é facilmente evitável por uma série de vacinas simples, higiene durante o parto e cuidados adequados com o cordão umbilical. Porém, se estima que um bebê ainda morra desnecessariamente de tétano a cada 21 minutos em todo o mundo.

O TMN é um problema significativo de saúde pública em áreas da África, Oriente Médio e regiões central e sudeste da Ásia, incluindo Afeganistão, Angola, República Centro-Africana, Guiné, Mali, Nigéria, Paquistão, Papua Nova Guiné, Somália, Sudão, Sudão do Sul e Iêmen.

Dra. Edna Doyama-Woza está liderando a campanha de vacinação na República Centro-Africana.

“Uma vez exposto ao tétano, o bebê para de mamar em três dias. É quando os músculos começam a enrijecer. É literalmente uma sentença de morte para aquele bebê”, disse Doyama-Woza em uma postagem na página do Facebook da Caring.ChurchofJesusChrist [em inglês].

Através do trabalho do UNICEF e da Igreja, mais mulheres e mães, como Nguidia, terão acesso a essas vacinas que salvam vidas, e poderão sobreviver e prosperar.

Financiamento da Igreja para ajudar o UNICEF a eliminar o tétano

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias apoia os programas de eliminação do tétano materno e neonatal do UNICEF, desde 2014.

Uma doação de US$ 5 milhões da Igreja, em dezembro de 2022, ofereceu ao UNICEF mais apoio em seus esforços para eliminar a doença.

Mães e filhos aguardam sua vez para serem vacinados no Chade, na África Central.
Mães e filhos aguardam sua vez para serem vacinados no Chade, na África Central. | Frank Dejo, UNICEF

O Dr. Bilal Ahmed, especialista em eliminação do tétano materno e neonatal (ETMN) e imunização, e Dr. Modibo Kassogue, especialista em imunização, ambos do UNICEF, explicaram os esforços mais detalhadamente ao Church News.

Segundo eles, quase todos os casos de tétano materno e neonatal ocorrem entre o segmento mais pobre da população, em países de baixa renda. E devido à natureza bacteriana da doença, o tétano não pode ser erradicado.

Em 1999, uma iniciativa para eliminar o tétano materno e neonatal começou, se concentrando em 59 países prioritários, avaliados como tendo mais de um caso de tétano neonatal para cada 1.000 bebês nascidos vivos em 1999. Acrescentando o tétano materno à meta, a iniciativa tem se concentrado nesses países desde então, e o UNICEF tem sido instrumental na eliminação do TMN em 47 desses países.

Ahmed e Kassogue informaram que mais de 177 milhões de mulheres em idade reprodutiva foram protegidas contra o TMN, em áreas de alto risco nos países-alvo; e as mortes neonatais por tétano foram reduzidas de 200.000, em 1999, para 24.000 em 2021.

Com o generoso apoio da Igreja e de outros parceiros, o UNICEF visa mulheres em idade reprodutiva com vacinação antitetânica em áreas de alto risco, e educa as gestantes sobre a importância de práticas higiênicas de parto e cuidados com o cordão umbilical para se prevenir infecções, disseram eles.

Eles expressaram sua gratidão pelo apoio da Igreja ao programa ETMN por mais de nove anos, especialmente nos últimos três a quatro anos, durante a pandemia de COVID-19, quando houve restrições de financiamento. O apoio da Igreja permitiu que a iniciativa continuasse em áreas de alto risco.

No dia da doação em dezembro, o Bispo Presidente Gérald Caussé disse que a Igreja está comprometida com o bem-estar de mães e filhos.

“A doação de hoje é apenas um dos muitos esforços mais recentes com organizações respeitadas, para lidar com a fome, desnutrição e imunizações”, disse ele. “Toda criança é preciosa e merece um começo de vida saudável. Crianças elevam comunidades. É uma honra e um privilégio apoiar o Rotary International, UNICEF e outros neste importante trabalho.”

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