Áreas do mundo que progrediram em sua luta contra a poliomielite estão agora enfrentando surtos novamente, onde crianças estão ficando paralisadas. A pandemia de COVID-19 atrasou a entrega e utilização de serviços de imunização, e vários países perderam terreno onde a doença já havia sido erradicada.
A sub-imunização contra o tétano também afeta mulheres e crianças em muitos países.
Para aumentar os esforços em tal sentido, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias anunciou na sexta-feira, dia 9 de dezembro de 2022, US$10 milhões em doações para organizações que trabalham no Afeganistão, Paquistão e vários países africanos, segundo o anúncio em ChurchofJesusChrist.org [em inglês].
“A Igreja está comprometida com o bem-estar de mães e filhos. A doação de hoje é apenas um dos muitos esforços mais recentes com organizações respeitadas, para lidar com a fome, desnutrição e imunizações”, disse o Bispo Presidente Gérald Caussé.
Do total de US$10 milhões, US$ 5 milhões vão para o Rotary International [em inglês] para combater a pólio. Esta parte da doação da Igreja ajudará os países africanos a recuperarem o progresso perdido para a COVID-19 em países como Malawi, Moçambique, República Democrática do Congo e Nigéria.
E qualquer doação ao Rotary International é igualada em dobro pela Fundação Bill e Melinda Gates [em inglês].
Michael K. McGovern, presidente do Rotary’s International PolioPlus Committee, disse: “O Rotary agradece esta generosa contribuição de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O financiamento chega em um momento crítico para os esforços de erradicação da poliomielite e ajudará a proteger as crianças da paralisia vitalícia, devido ao vírus da pólio.”
Élder Alfred Kyungu, Setenta Autoridade Geral e segundo conselheiro na presidência da Área África Oeste, disse que a Igreja se preocupa profundamente com o impacto que a pólio tem sobre as crianças.
“Em nome da Igreja e de seus membros na África, expresso nossa profunda gratidão ao Rotary International, pelo trabalho significativo que realizam para ajudarem crianças e famílias neste belo continente a terem uma vida mais feliz e saudável”, disse Élder Kyungu.
Os outros US$ 5 milhões da Igreja irão para a UNICEF [em inglês] em apoio aos esforços para eliminar o tétano.
O tétano materno e neonatal é um problema significativo de saúde pública, em áreas da África, Oriente Médio e centro e sudeste da Ásia, incluindo Afeganistão, Angola, República Centro-Africana, Guiné, Mali, Nigéria, Paquistão, Papua Nova Guiné, Somália, Sudão, Sudão do Sul e Iêmen.
O tétano é contraído através da exposição a bactérias que podem entrar através de feridas ou cordão umbilical de um recém-nascido. Práticas de limpeza durante o parto e cuidados com o cordão umbilical, além das vacinas dadas a mulheres em idade reprodutiva ou durante a gravidez, podem ajudar a eliminar a propagação.
A diretora de captação de recursos e parcerias do setor privado do UNICEF, Carla Haddad Mardini, disse que a Igreja tem apoiado os programas de eliminação do tétano materno e neonatal do UNICEF desde 2014.
“Somos gratos por esta colaboração, que fornece recursos flexíveis que permitem ao UNICEF e seus parceiros alcançarem mulheres, em países de alto risco, com vacinas essenciais, ao mesmo tempo em que fortalecem o sistema de saúde”, disse Mardini.
Bispo Caussé disse que a Igreja está comprometida com o bem-estar de mães e filhos.
“A doação de hoje é apenas um dos muitos esforços recentes com organizações respeitadas para lidarmos com a fome, desnutrição e imunizações”, disse ele. “Toda criança é preciosa e merece um começo de vida saudável. Crianças elevam comunidades. É uma honra e um privilégio apoiar o Rotary International, UNICEF e outros neste importante trabalho.”
As nações africanas também estão trabalhando juntas para apoiarem a imunização infantil e a resposta ao surto de poliomielite. Um fórum realizado no fim de semana passado em Dakar, Senegal, reunindo chefes de estado africanos, abordou os declínios alarmantes nas taxas de imunização e o ressurgimento de doenças que possam ser prevenidas por vacinação.