PROVO, Utah — Quando a Sociedade de Socorro foi organizada em março de 1842, Élder John Taylor sugeriu que ela fosse chamada de Sociedade Benevolente de Nauvoo. Emma Smith, que se tornaria a primeira presidente da organização, no entanto, explicou que “socorro” descrevia melhor a sua missão.
“Nosso propósito e objetivo na Sociedade de Socorro nunca mudou”, disse a atual presidente geral da Sociedade de Socorro, Camille N. Johnson, durante uma das sessões de abertura da Semana da Educação da BYU, na segunda-feira, 19 de agosto.
Junto com suas conselheiras, a irmã J. Anette Dennis e a irmã Kristin M. Yee, a presidente Johnson discutiu maneiras pelas quais a Sociedade de Socorro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se envolve no trabalho sagrado de levar o alívio de Cristo ao mundo.
Assim como os primeiros membros da Sociedade de Socorro se concentravam nos preparativos físicos e espirituais do Templo de Nauvoo, as mulheres da Igreja hoje trazem o alívio do Salvador a todos os filhos de Deus, se preparando para as bênçãos da Casa do Senhor, disse a presidente Johnson.
A maior esperança da presidência da Sociedade de Socorro, disse a presidente Johnson, é que as mulheres da Igreja sejam abençoadas “pelo poder libertador disponível àqueles que cumprem os convênios”.
Esse poder, o poder do sacerdócio de Deus, depende dos convênios que as pessoas fazem com Deus, por meio da participação nas ordenanças do sacerdócio, que as unem ao Salvador. “O jugo do Salvador é suave e Seu fardo é leve. Não sejamos vítimas dos enganos de Satanás neste ponto”, disse a presidente Johnson.
Assim como Corior, o anticristo, o mundo hoje zomba daqueles que acreditam no Salvador, chamando os crentes de desvairados, transtornados ou tolos (ver Alma 30:16-24). “Já ouvimos o clamor dos anticristos de que estar ligado a Deus por meio de ordenanças e convênios é restritivo?”
Não sejam ingênuos em relação às táticas de Satanás, apelou a presidente Johnson aos ouvintes. “As mesmas táticas que Corior usou para afastar muitas mulheres estão sendo usadas contra nós agora. Devemos descobrir por nós mesmas que um relacionamento de convênio com Deus é libertador, e não restritivo.”
Estar em jugo com o Salvador não significa estar “amarrado” ou incapaz de movimento ou progressão, como sugeriu Corior. Em vez disso, significa que os indivíduos estão “ligados”, como bois em um jugo. “Isto significa que [o Salvador] compartilhará nossos fardos conosco e nos ajudará a levantar nossa carga na subida íngreme rumo à exaltação”, disse a presidente Johnson.
É a visão, o propósito e o desejo da presidência “ver nossas irmãs investidas na Casa do Senhor, abrindo a porta para privilégios espirituais e exaltação, ligadas ao Salvador por meio de ordenanças e convênios”, disse a presidente Johnson.
Proporcionar alívio por meio da ministração
Ministrar não se trata de uma lista de verificação, mas de relacionamentos: um relacionamento com Deus e com outras pessoas, disse a irmã Dennis.
O Manual Geral explica que ministrar é servir aos outros como o Salvador fez. A Seção 21 do Manual Geral declara que “o Senhor deseja que todos os membros de Sua Igreja recebam tal cuidado”.
Em seu discurso na conferência geral de abril de 2024, Élder Gerrit W. Gong, do Quórum dos Doze Apóstolos, se referiu aos irmãos e irmãs ministradores como “amigos de confiança e socorristas espirituais”.
A irmã Dennis contou então sobre uma mulher na Nova Zelândia, que recentemente se separou do marido. A irmã ministradora desta mulher, que tinha um bebê recém-nascido, percebeu que ela estava frequentemente ativa até tarde da noite e fez questão de lhe enviar mensagens naquele horário em que ela se sentia mais triste e solitária.
Após interações regulares, a mulher voltou para a Igreja e trabalhou com o bispo e o presidente da estaca para receber sua recomendação para o templo. “Estas irmãs ministradoras realmente se tornaram amigas de confiança e socorristas espirituais para aquela querida irmã que estava passando por um momento desafiador em sua vida. Elas proporcionaram alívio material e espiritual. Mas isso exigiu tempo, paciência, bondade com amor e convites gentis.”
A irmã Dennis observou que ministrar por senso de dever não será sustentável a longo prazo; é preciso ter amor a Deus e amor ao indivíduo. “Podemos orar para ter esse amor se não o sentirmos a princípio.”
A irmã Dennis prometeu: “Ao ministrarmos como o Salvador faria, seremos transformados para nos tornarmos mais semelhantes a Ele. Ministrar se tornará quem somos, não apenas o que fazemos. Com o tempo, ministrar se tornará parte de nós e faremos o bem, como o Salvador fez, com ou sem designação.
Fornecer alívio através da iniciativa global da Igreja para mulheres e crianças
A iniciativa global da Igreja para mulheres e crianças é outra oportunidade para as mulheres santos dos últimos dias fornecerem ajuda temporal em um esforço global para melhorar a saúde e o bem-estar das mulheres e crianças, dentro e fora da Igreja, disse a irmã Yee.
“Proporcionar alívio temporal leva ao desejo das bênçãos de um relacionamento de convênio com Deus. Agindo como o Salvador faria, nossas irmãs O conhecerão, sentirão Seu amor e desejarão um relacionamento de convênio mais profundo com Ele”, disse ela.
A iniciativa global tem quatro áreas de enfoque: nutrição infantil, vacinas, cuidados maternos e neonatais e educação. Como parte desta iniciativa, a Primeira Presidência aprovou uma doação liderada pela Igreja, no valor de US$ 55,8 milhões para acelerar a melhoria da nutrição e dos cuidados de saúde em 12 países com grandes necessidades.
“Em uma escala global, a Igreja mundial representa cada um de nós como membros, reunindo organizações que são especialistas na abordagem de grandes questões em lugares distantes. Ainda assim, talvez o melhor auxílio humanitário seja feito perto de casa, quando se atravessa a cerca ou a rua”, disse a irmã Yee aos ouvintes.
As mulheres e os membros da Sociedade de Socorro levam o amor e o alívio do Salvador a todos os filhos de Deus quando veem uma necessidade, intervêm e reúnem as pessoas e os recursos certos para ajudarem a enfrentar os desafios e as necessidades dentro de suas próprias esferas de influência.
“Acreditamos que as mulheres da Igreja se sentirão incluídas na Sociedade de Socorro e serão capacitadas para prestarem socorro aos filhos de Deus em seus lares e comunidades por meio desta iniciativa global”, disse a irmã Yee.
Concluindo, a presidente Johnson observou que participar da iniciativa global e ministrar são duas das muitas experiências que aproximam as irmãs da Sociedade de Socorro do Salvador. “Agindo como Ele faria, sentimos Seu amor, e nosso desejo e compromisso com um relacionamento de convênio com Ele cresce.”
Presidente Johnson agradeceu aos ouvintes por trazerem o amor e o alívio de Jesus Cristo ao mundo. “É uma época gloriosa para sermos mulheres do convênio e membros de uma sociedade que leva o alívio do Salvador, material e espiritual, a nossos irmãos e irmãs em todo o mundo.”
