Os primeiros ternos ramos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Laie, uma comunidade localizada na costa norte da ilha havaiana de Oahu, começaram a surgir com a chegada dos missionários em dezembro de 1850.
No entanto, a Igreja em desenvolvimento lutou contra negligência, perseguição, pobreza e apostasia. A compra de uma fazenda, com cerca de 2.428 hectares em janeiro de 1865, forneceu um lugar seguro, um refúgio, para os santos dos últimos dias se reunirem. Daquela fazenda cresceu uma comunidade de santos, que nos anos seguintes foi visitada, louvada e abençoada por reis e rainhas, profetas e apóstolos.
“Aqueles que vieram antes e edificaram a Igreja e o reino de Deus nestas ilhas não eram perfeitos”, observou Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, ao relatar a história acima. “Nem todas as suas decisões foram corretas ou deram os frutos esperados.

“No entanto, o mais significativo é que muitos deles perseveraram. Eles se levantavam todos os dias e iam trabalhar. Eles oravam e trabalhavam um pouco mais. Quando precisavam, eles se arrependiam e começavam de novo. Eles amavam e ensinavam seus filhos e os filhos uns dos outros. Eles compartilhavam com outros o evangelho de Jesus Cristo.”
Com a bênção de Deus, os pequenos esforços de pessoas humildes cresceram e se tornaram um templo, uma universidade e um centro cultural, disse Élder Christofferson. “Milhões são abençoados pela influência daqueles que viveram, estudaram, serviram e adoraram aqui, e estão estendendo essas bênçãos a outros, especialmente em suas próprias famílias em muitas partes do mundo.”
Ao falar aos presentes no Cannon Activities Center, no campus da BYU-Havaí em Laie, Havaí na terça-feira, 28 de janeiro, Élder Christofferson homenageou a herança da universidade e da área, pedindo aos ouvintes que mantivessem seu legado de fé e se desenvolvessem.
“É algo sério, até mesmo sagrado, edificar sobre o trabalho e as realizações daqueles que foram diligentes em seu tempo. Buscamos forças em nossos antepassados. E agora precisamos fazer a nossa parte. Este é o nosso dia; esta é a nossa época”, declarou Élder Christofferson.
O devocional de terça-feira contou com a presença de três discursantes do Comitê Executivo do Sistema Educacional da Igreja: Élder Christofferson, que serve como presidente, bem como Élder Ronald A. Rasband, do Quórum dos Doze Apóstolos, e a presidente Camille N. Johnson, presidente geral da Sociedade de Socorro, além de uma infinidade de convidados especiais.
Élder Michael T. Ringwood, da Presidência dos Setenta; Élder Clark G. Gilbert, comissário de educação da Igreja; presidente Alvin F. Meredith III, presidente da BYU-Idaho; presidente Brian K. Ashton, presidente da BYU-Pathway Worldwide; presidente Bruce C. Kusch, presidente da Ensign College; e outros líderes universitários e locais da Igreja também estavam presentes. O devocional foi dirigido pelo presidente John S.K. Kauwe III, presidente da BYU-Havaí.

Inspirem-se em antepassados
Élder Christofferson relatou a experiência de Ralph Woolley, que foi nomeado pelo Presidente da Igreja na época, Presidente Joseph F. Smith, para supervisionar a construção do Templo de Laie em 1916. Jovem, solteiro e recém-formado em Engenharia pela Universidade de Utah, Woolley se sentia desqualificado e enfrentava muitos desafios.
Naquela época, os Estados Unidos se envolveram na Primeira Guerra Mundial, e o Havaí enfrentou escassez de vários produtos, incluindo de madeira. Um dia, Woolley se ajoelhou e implorou pela ajuda do Senhor. Sem madeira, o trabalho do templo não poderia continuar.

Ao retornar ao canteiro de obras, Woolley foi informado de que um navio madeireiro havia ficado à deriva na Baía de Laie. Quando ele localizou e contatou os donos do navio, lhe foi dito: “Podem ficar com a madeira, porque não sabemos o que faremos para tirar o navio do recife.”
Élder Christofferson disse: “E foi assim que o Senhor providenciou.
Mas, embora as pessoas de hoje recebam forças de antepassados, elas também devem fazer a sua parte, continuou o apóstolo.
Presidente J. Reuben Clark, na época membro da Primeira Presidência, falou dos pioneiros que estabeleceram o Vale do Lago Salgado: “Não podemos reivindicar nenhuma honra, nenhuma recompensa, nenhum respeito, nenhuma posição ou reconhecimento especial, nenhum crédito pelo que nossos pais foram ou pelo que eles fizeram. Nós nos mantemos sobre nossos próprios pés, em nosso próprio lugar. Não há aristocracia de nascimento nesta Igreja; ela pertence igualmente aos mais altos e aos mais baixos” (“Para aqueles do último carroção”, discurso da conferência geral de 1947).
Élder Christofferson acrescentou: “Que estejamos decididos a estar à altura de nossos deveres e oportunidades de nosso tempo e época, assim como aqueles que nos precederam estiveram dos deles. Que nos inspiremos neles e em seu legado, e nos juntemos à sua aristocracia espiritual, não por qualquer direito de herança, mas servindo ao Senhor como eles fizeram, e sendo fiéis a tudo que nos é confiado por Deus, assim como eles foram fiéis.”

Dediquem o mesmo tempo ao Senhor
Em sua mensagem, Élder Rasband reiterou um convite e uma promessa que ele compartilhou em seus canais de mídia social no início de janeiro.
O convite? “Dedique o mesmo tempo ao Senhor.” A promessa? “Ao dedicarem o mesmo tempo ao Senhor na busca do ensino superior, o Espírito vai melhorar suas atividades acadêmicas, vocês descobrirão que têm tempo e capacidade extras para seus cursos, e portas, que de outra forma poderiam estar fechadas, serão abertas para vocês”, disse Élder Rasband.

Ele então compartilhou a Tradução de Joseph Smith de Mateus 6:33. “Portanto, não procureis as coisas deste mundo, mas buscai primeiro edificar o reino de Deus e estabelecer Sua retidão, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Conforme os alunos se esforçam para se prepararem para o casamento, terem famílias e uma profissão, “vocês não podem colocar o Senhor e a obra do Senhor na prateleira”, disse Élder Rasband, acrescentando “O Senhor irá abençoá-los em suas metas e empenhos justos, mas Ele precisa de vocês e quer que vocês trabalhem para edificar Seu reino e estabelecer Sua retidão.”
Élder Rasband também compartilhou Jó 31:6, “Pese-me em balanças fiéis e saberá Deus a minha integridade.”
Uma balança tem um ponto de apoio no meio, com pesos em ambos os lados, explicou Élder Rasband. A busca por educação pode ser um peso muito grande em um dos lados no momento, mas as pessoas podem ajudar a equilibrar o outro lado por meio do fortalecimento espiritual e do treinamento no evangelho.
Àqueles que pensam, “não tenho tempo para servir na Igreja”, Élder Rasband os lembrou novamente de que “o Espírito vai melhorar suas atividades acadêmicas.”

Eliminem a resistência ao vento
A presidente Johnson convidou os alunos a se imaginarem como donos de um barco, antes de uma tempestade se aproximar. “O que vocês fariam para proteger e manter seu barco seguro … para que ele não afundasse ou encalhasse?”, perguntou ela.
Eles precisariam ter certeza de que seu barco está firmemente preso a uma boia de amarração, a qual está presa a uma âncora no fundo do mar ou, no caso de um cais, verificar se seu barco está preso em vários pontos com cordas em bom estado.

Para proteger um barco, também é importante “remover a resistência ao vento”. Resistência ao vento é qualquer coisa que o vento possa agarrar: velas, bandeiras, almofadas, luzes, botes. Tudo deve ser removido ou amarrado para reduzir a resistência ao vento, disse ela.
Comparando os ouvintes a barcos em uma tempestade, a presidente Johnson perguntou: “E a que vocês devem se prender para estarem seguros? Qual é o seu ancoradouro, sua boia de amarração, sua âncora? É o seu relacionamento com o Salvador Jesus Cristo.”
O Salvador é firme, seguro, sólido como uma rocha, continuou ela. “Há coisas em seu barco metafórico criando resistência ao vento, criando resistência em seu apego a Ele? O que, se houver algo, o está impedindo de estar firmemente preso ao Salvador?”
Três fontes potenciais de “resistência ao vento” são: falha em empregar o alegre dom do arrependimento diário; procrastinação, incluindo procrastinar alegria e gratidão; e busca por validação e afirmação em fontes não confiáveis.
Presidente Johnson convidou os ouvintes a pensarem sobre como eles usam seu tempo. “Estamos usando nosso tempo para fortalecermos nosso vínculo com o Salvador, ou as escolhas que fazemos para o nosso tempo são uma razão pela qual estamos à deriva? O tempo é um recurso, ou se transformou em um obstáculo?”