Conforme o time de futebol americano da Universidade Brigham Young segue invicto em seus primeiros sete jogos da temporada, uma das coisas que mais impressionou Élder Clark G. Gilbert, Setenta Autoridade Geral e comissário de educação da Igreja, foi a humildade que ele viu.
Depois de cada jogo, o treinador e os jogadores trabalham no que precisam melhorar.
“Há algumas coisas especiais na cultura desta equipe”, disse Élder Gilbert.
Embora as grandes vitórias e as recuperações sejam divertidas de se assistir, a questão é mais profunda.
“Não é apenas porque torcemos por esportes, é que estes times fazem isto de uma forma especial. E acredito que este time de futebol americano está fazendo isto de uma forma especial”, disse Élder Gilbert, apontando para os treinadores que, não apenas pressionam os jogadores a melhorarem, mas também a defenderem algo a mais, ou seja, a missão da BYU e de sua patrocinadora, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
“Eu sempre torço pela BYU, mas quando eles conseguem refletir os valores da Igreja e da universidade, é outra coisa, é mais profundo e mais significativo.”
Élder Gilbert fez os comentários no podcast Y’s Guys [em inglês] na terça-feira, 22 de outubro. O Y’s Guys é distribuído pelo Deseret News [em inglês].
Durante a conversa de uma hora com Dave McCann e Blaine Fowler, Élder Gilbert enfatizou a importância de se manter a fé em Jesus Cristo em primeiro plano, em tudo o que a BYU faz, principalmente nos esportes.
“Continuamos ancorados no Código de Honra, no endosso eclesiástico e em nossos padrões de vestimenta e aparência”, disse ele. “Também mantemos a capacidade de agir de forma independente, incluindo quem recrutamos e quem admitimos na universidade. Todas estas coisas nos protegem de sairmos do caminho.”
Juntando-se ao Big 12
Élder Gilbert falou sobre como a plataforma crescente da BYU no Big 12 [conferência de times de futebol americano universitário] forneceu um palco ainda maior para compartilhar os valores da universidade. A missão da BYU não é apenas para se destacar na competição, mas sim representar integridade, serviço e humildade no processo.
Isto vale para qualquer programa esportivo, como basquete, futebol, cross country e muito mais.
“Este é um momento especial, e creio que acontece dentro e fora de campo, e essa é uma das coisas que são tão importantes para nós como liderança na Igreja, tem que ser [dentro e fora de campo].”
Ele citou Kalani Sitake, o treinador principal do time de futebol americano da BYU, que frequentemente lembra ao time que “a fé em Cristo é a base do nosso programa”.
Um público maior tem conhecido a BYU e a Igreja por meio do time de futebol americano, dos comerciais de TV da universidade, das histórias da BYUTV sobre os outros times e dos projetos de serviço dos ex-alunos da BYU em jogos como visitante.
Financiando os esportes da BYU
Élder Gilbert disse que ouve duas vozes diferentes com frequência: por um lado, as pessoas adorariam ver mais dinheiro, mais instalações e salários mais altos. Por outro lado, as pessoas lhe dirão que há muitas despesas nos esportes.
“Se alguma vez a única maneira de permanecermos nisso fosse nos afastar de nossos valores, seria o fim dos esportes na BYU. Isto não vai acontecer... Temos uma cultura aqui que é excepcional e estou confiante de que isso não acontecerá. Não há outro lugar como este”, disse ele.
Todas as decisões vinculativas passam pelo presidente C. Shane Reese, presidente da BYU, por Élder Gilbert e depois pelo Conselho de Curadores, que inclui a Primeira Presidência.
Ele explicou que os salários dos treinadores são financiados internamente e estão sob o controle da universidade, e reiterou que nenhum dízimo é diretamente usado para apoiar os esportes da BYU.
“Isto é algo bom e ruim. O bom é que usamos o dízimo para o trabalho principal da Igreja”, disse Élder Gilbert. “O ruim é que pode fazer alguém dizer: ‘Ótimo, podemos fazer o que quisermos.’ Mas o controle continua universalmente vinculado ao Conselho de Educação da Igreja.”
A coragem de ser diferente

O futebol americano da BYU está construindo conexões globais este ano por meio da mentoria de alunos da BYU-Pathway Worldwide. O time também recebeu atenção este ano por ter Jake Retzlaff, o único quarterback judeu no futebol americano universitário, jogando na BYU.
Retzlaff disse que sua experiência em torno da fé no campus tem sido transformadora. Outros jogadores, que não são santos dos últimos dias, compartilharam como escolheram ir para a BYU porque sabem o que ela representa.
Élder Gilbert reiterou que “há uma razão para ser a BYU, as pessoas veem esse nome, e ele tem que significar algo diferente. Nós somos diferentes.”
O falecido Presidente Spencer W. Kimball compartilhou essa mensagem em seu “discurso do segundo século” [em inglês] na BYU, e Presidente Jeffrey R. Holland, Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos, deu a mesma mensagem ao corpo docente, disse Élder Gilbert.
“A BYU terá que permanecer sozinha, e se não o fizermos, o resto do mundo no final dirá ‘BYU quem?’ … Se não tivermos a coragem de ser diferentes, nos tornaremos apenas mais um time.”