Michael Evans resumiu seu serviço na Missão Guatemala Cidade da Guatemala Central de 2022 a 2024, como se tivesse disputado 12 rounds no ringue com um campeão mundial peso-pesado.
"Foi a coisa mais difícil que já fiz em minha vida", disse ele ao falar na Ala Garland 6 da Estaca Garland Utah no domingo, 17 de novembro.
Evans reconheceu ter tido muitas experiências boas e significativas na missão, mas em pelo menos quatro ocasiões durante seus dois anos, o jovem de 21 anos lutou e quis voltar para casa. Em cada ocasião, ele decidiu ficar.
Embora Evans tenha conseguido terminar, a Igreja reconhece circunstâncias quando alguns missionários retornam para casa mais cedo, por razões relacionadas à saúde física, mental e emocional, e o Senhor aceita seu serviço e sacrifícios, como disse Presidente Jeffrey R. Holland, Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos, em 2019.
“Quando alguém lhes perguntar se serviram missão, respondam que sim”, disse Presidente Holland. “Valorizem o serviço que prestaram. Sejam gratos pela oportunidade que tiveram de prestar testemunho, de terem servido em nome do Senhor, de terem usado sua plaqueta missionária. (…) Não fiquem desenterrando e remoendo o passado; não pensem que são inadequados ou fracassaram.”
Para Evans, o ponto de virada decisivo aconteceu quando faltava pouco mais de um mês. Ao contemplar voltar para casa, Evans leu no Capítulo 13 de “Santos”, Volume I, onde William McLellin, um recém-converso, procurou o Profeta Joseph Smith em Ohio, em 1831, com perguntas, principalmente querendo saber “para onde ir e o que fazer com sua vida?”
Vendo a relevância para suas próprias circunstâncias, Evans seguiu as notas de rodapé até a Seção 66 de Doutrina e Convênios, uma revelação na qual o Senhor dá conselhos a McLellin. As palavras que Evans leu no versículo 9 eram como um sinal de néon picando, que forneceu uma resposta inegável à sua pergunta sobre voltar para casa.
“Não regresses até que [E]u, o Senhor, te ordene. Sê paciente na aflição. Pede e receberás; bate e ser-te-á aberto”, diz a escritura. eram como um sinal de néon p que forneceu uma resposta inegável à sua pergunta sobre voltar para casa.
Outra frase no versículo 12 também se destacou da página: “Persevera nestas coisas até o fim.”
“Está bem, vou continuar”, disse Evans, perguntando a si mesmo se, talvez, o Senhor ainda tivesse algo importante para ele fazer na Guatemala.
Foi o que ele fez. Dias depois, Evans e seu companheiro estavam em seu apartamento, quando um telefone reserva danificado, normalmente usado pelos líderes de zona, começou a tocar. Evans relutou em atender no início, mas como o telefone continuou a tocar, ele finalmente atendeu.
A pessoa que ligou era um jovem angustiado que Evans havia conhecido e ensinado várias vezes. O adolescente, um converso recente, estava lidando com muitos problemas e naquele momento estava pensando em tirar a própria vida.
Uma alma aflita pôde ministrar a outra alma aflita. Evans disse que manteve o jovem conversando por mais 30 minutos, discutindo, entre outras coisas, um dos tópicos favoritos do adolescente, animação japonesa, enquanto seu companheiro contatava outros missionários e o bispo, que correu para a casa do jovem e garantiu que ele estivesse seguro.
Evans disse que o jovem foi subsequentemente acolhido pelos membros da ala e está muito melhor.
Olhando para trás, Evans é profundamente grato por ter seguido a orientação do Senhor para ficar, o que permitiu que estivesse lá para esse jovem em sua hora de necessidade. Ele estremece ao pensar: “E se eu tivesse ido para casa mais cedo?” Ele aprendeu que, estar disponível é frequentemente tudo o que o Senhor precisa para responder a uma oração, e/ou realizar um milagre.
"O Senhor queria que eu estivesse disponível e disposto", disse o ex-missionário antes de prestar seu testemunho. "Se eu não tivesse realizado nada mais em minha missão, teria valido a pena ajudar aquela única pessoa."
Ao ouvir a experiência poderosa de Evans, lembrei-me do amor do Pai Celestial por todos os Seus filhos, bem como do conselho profético de Presidente Russell M. Nelson, de “deixar Deus prevalecer” e permitir que Ele seja a influência mais importante em nossa vida.
“[É] necessário ter fé e coragem para permitir que Deus prevaleça. Isso requer um persistente e rigoroso esforço espiritual para se arrependerem e deixarem de lado o homem natural por meio da Expiação de Jesus Cristo”, ensinou Presidente Nelson em 2020. “[A]o escolherem permitir que Deus prevaleça em sua vida, vocês verão por si mesmos que Deus é um ‘Deus de milagres’.”
Confiar no Senhor e aprender a “esta[r] quieto” (Êxodo 14:13), estar onde você deve estar, fazer o que deve fazer, permitiu que os envolvidos vissem o “livramento do Senhor”.
[N]ão podeis, com vossos olhos naturais, ver o desígnio de vosso Deus com respeito às coisas que virão ... depois de muitas tribulações. Pois após muitas tribulações vêm as bênçãos.” (Doutrina e Convênios 58:3-4).
— Trent Toone é repórter do Church News.
