Alaina Nickerl, uma estudante da Georgia State University, sempre amou bebês.
“Como a neta mais velha, eu sempre estava no hospital quando meus primos e irmãos mais novos nasciam, e eu sempre quis trabalhar com bebês”, disse ela.
Cada vez que ela entrava no hospital, um sentimento avassalador de alegria e paz tomava conta dela. Isso a levou a fazer um doutorado em Terapia Ocupacional, com o objetivo de trabalhar em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTI neonatal), onde os bebês ficam quando precisam de cuidados adicionais após o nascimento, especialmente se nascerem prematuramente.
No ano passado, Nickerl, que é da Ala Canton na Estaca Marietta Geórgia de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, soube sobre a iniciativa global da Sociedade de Socorro para mulheres e crianças. Um de seus objetivos é o cuidado materno e neonatal.
Em seus estudos, Nickerl estava aprendendo sobre os cuidados maternos do método canguru e seus benefícios, tanto para as mães, quanto para os recém-nascidos. A iniciativa global da Sociedade de Socorro ressoou na mente de Nickerel, especialmente o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil, e ampliar as experiências positivas das mães.

“Como o cuidado mãe canguru, ou o contato pele a pele, é uma intervenção que pode abordar simultaneamente todas essas áreas de preocupação, decidi concentrar meu projeto final do programa de doutorado no método mãe canguru”, disse ela.
Este cuidado é uma intervenção extremamente eficaz, que melhora os resultados tanto para os bebês quanto para as mães. Os bebês vestindo apenas uma fralda são colocados diretamente sobre a pele do peito da mãe, com cobertores colocados por cima de ambos. Este contato mantém a temperatura, reduz o estresse, regula os hormônios, aumenta a conexão, promove a amamentação, melhora o sono e traz muitos outros benefícios. Mas nem sempre é implementado nas UTIs neonatais como um padrão de cuidado.
Nickerl explicou que aproximadamente 15 milhões de bebês nascem prematuramente todos os anos em todo o mundo, e anualmente cerca de 1 em cada 10 bebês nos Estados Unidos nascem prematuramente. O parto prematuro é a principal causa da morte em crianças menores de 5 anos.
Em seu projeto final, Nickerl está focada especialmente em Atlanta, Geórgia, onde mora agora, porque a taxa de nascimentos prematuros, a taxa de baixo peso ao nascer e a taxa de mortalidade infantil no estado são todas mais altas que a média nacional.
Ela espera criar um programa educacional para que as pessoas tenham mais consciência dos benefícios do método mãe canguru ou do contato pele a pele.
“Para todos os bebês da UTI neonatal, mesmo os mais frágeis, foi demonstrado que isso os ajuda”, disse Nickerl. “Não os prejudica de forma alguma.”

Os bebês podem estar em uma incubadora, conectados a várias máquinas com tubos e medicamentos intravenosos. Mas a equipe da UTI neonatal pode transferir o bebê com segurança para o peito da mãe.
O principal benefício é a conexão, “que pode ser muito importante, especialmente na UTI neonatal, que pode ser uma situação traumática quando o parto não ocorre da maneira planejada e, de repente, seu bebê está na UTI neonatal e você está separada dele.”
Nickerl está trabalhando com duas terapeutas ocupacionais de UTI neonatal e uma orientadora acadêmica. Em breve ela iniciará seu estágio clínico na UTI neonatal. Nos próximos meses, ela conversará com gestantes e funcionários da área. O próximo passo será implementado no próximo ano.
“Se as mulheres puderem se sentir confiantes sobre os benefícios do método mãe canguru, que elas querem fazer isso e como proceder, então elas podem de certa forma lutar por si mesmas”, disse ela.
Embora ainda não tenha filhos, ela é grata pela oportunidade de aprender mais sobre a maternidade por meio deste projeto. Ela e o marido servem como professores da Escola Dominical em sua ala, para crianças de 11 e 12 anos.
Sua pesquisa tem sido muito espiritual para ela. Aquilo que aprendeu faz sentido para ela, por causa do conhecimento que tem do plano de salvação do Pai Celestial: “Ler sobre a ciência por trás disso e realmente aprender que nossos corpos foram criados para fazer essas coisas”, disse Nickerl.
E, disse ela, o evangelho de Jesus Cristo a ensinou a buscar ajudar às pessoas ao seu redor, que é o que este projeto pretende fazer.