Quando jovem, eu me esforcei para imitar atletas da Universidade Brigham Young, tais como o astro do basquete Krešimir Ćosić e Élder S. Gifford Nielsen, que se tornou quarterback da NFL e posteriormente serviu como Setenta Autoridade Geral.

Sei que muitos jovens têm hoje pôsteres de seus atletas favoritos em seus quartos. Quando você se esforça para imitar um atleta talentoso, você estuda a técnica, o estilo e as características dele. Isto pode ser motivador.
Entretanto, quando se compara com esses atletas, vocês pode se sentir inferior e inadequado, o que pode afetar a forma como você se valoriza.
A comparação convida à inveja e à cobiça e só pode trazer frustração, orgulho e desânimo. Quando comparamos o nosso pior com o melhor de outra pessoa, estamos depreciando e diminuindo a outra pessoa ou a nós mesmos. Nenhuma destas opções disfarça ou diminui nossas próprias inseguranças.
Isso é especialmente perigoso em um mundo de redes sociais, as quais nos dão infinitas oportunidades para nos convidar à comparação. No "Força dos Jovens: Um Guia para Fazer Escolhas“, lemos: “Não compare sua vida com o que as outras pessoas parecem estar vivendo. Lembre-se de que seu valor advém de ser filho de pais celestiais, e não das mídias sociais.” (p. 18).
O presidente norte-americano Theodore Roosevelt, certa vez disse: “A comparação é o ladrão da alegria”.
Nas escrituras, lemos: “E aquilo que não edifica não é de Deus e é trevas. Aquilo que é de Deus é luz; e aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais luz" (Doutrina e Convênios 50:23-24).
Conforme os líderes notam que os jovens estão se comparando negativamente com os outros, vamos convidá-los a, em vez disso, encontrar alguém que possam imitar. Mencione as boas qualidades de seus pais, irmãos mais velhos, conselheiros do FSY, ou outros jovens de sua ala ou estaca.
O maior exemplo que todos podemos emular é o de nosso Salvador, Jesus Cristo. Fale sobre a vida Dele, Suas características e virtudes, e a maneira como Ele tratou aqueles que foram desprezados e rejeitados.

Assim como um jovem pode ter um pôster de um atleta favorito em sua parede do quarto, um jovem também deve ter uma imagem do Salvador em seu quarto e as escrituras ao lado de sua cama.
Incentive os jovens a descobrirem e desenvolverem seus próprios dons espirituais. Um deles é saber que “Jesus Cristo é o Filho de Deus e que foi crucificado pelos pecados do mundo” (Doutrina e Convênios 46:13). Outro é o dom do “conhecimento, para que todos possam ser ensinados a serem sábios e a terem conhecimento” (Doutrina e Convênios 46:18). Encontrar e utilizar dons é emular em vez de comparar.
A irmã Patricia Holland disse: “Minha maior tristeza ocorre quando sinto que devo me adequar ao que os outros estão fazendo ou ao que acho que os outros esperam de mim. Fico mais feliz quando me sinto confortável sendo eu mesma e tentando fazer o que meu Pai Celestial e eu esperamos que eu seja.” (“Portraits of Eve: God’s Promises of Personal Identity”, em LDS Women’s Treasury: Insights and Inspirations for Today’s Woman, de1997, p. 97–98 - em inglês).
Seu marido, Presidente Jeffrey R. Holland, Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos, testificou: “[Deus] ama a cada um de nós — com nossas inseguranças, nossas ansiedades e nossa auto-imagem. Ele não nos julga por nossos talentos ou nossa aparência; Ele não nos julga por nossa profissão nem por nossas posses. Ele vibra com todo corredor, alertando-os que a corrida é contra o pecado, não uns contra os outros" ("O Outro Filho Pródigo“, conferência geral de abril de 2002 - ênfase no original).
Na conferência geral de abril de 2025, nosso Profeta, Presidente Russell M. Nelson, nos ensinou a aumentarmos nossa confiança com caridade e virtude. A emulação, em vez da competição, é como podemos aumentar ambas.
“Que tuas entranhas também sejam cheias de caridade para com todos os homens e para com a família da fé; e que a virtude adorne teus pensamentos incessantemente; então tua confiança se fortalecerá na presença de Deus; e a doutrina do sacerdócio destilar-se-á sobre tua alma como o orvalho do céu” (Doutrina e Convênios 121:45).
— Mark J. Wiest é membro do conselho consultivo geral dos Rapazes.