TALLAHASSEE, Flórida — Até ser unificado em 1822, o Território da Flórida, que não se tornaria um estado dos E.U.A. por mais duas décadas, estava dividido em Flórida Ocidental e Flórida Oriental. Viajar entre os dois centros governamentais do território unificado, em St. Augustine e Pensacola, era perigoso e levava quase 20 dias.
A solução? A Flórida escolheu um ponto intermediário para chamar de sua capital em 1824: Tallahassee.
E agora, dois séculos depois, a dedicação do Templo de Tallahassee Flórida [em inglês] no domingo, 8 de dezembro, mais uma vez fez de Tallahassee um ponto intermediário: um centro espiritual, onde o céu e a terra se encontram.
A perseverança dos pioneiros da Flórida
Élder Patrick Kearon, do Quórum dos Doze Apóstolos, dedicou o templo de Tallahassee no domingo, 8 de dezembro, que se tornou a terceira Casa do Senhor do estado. Com templos dedicados em Orlando e Fort Lauderdale e mais dois anunciados para Tampa e Jacksonville, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no estado se estendeu mais do que os galhos de uma magnólia do sul.
Mas nem sempre foi assim. O crescimento da Igreja começou devagar [em inglês] no estado, depois que os primeiros missionários chegaram em 1845. O primeiro ramo santos dos últimos dias da Flórida, conhecido como Ramo Hassell, foi criado [em inglês] em 9 de maio de 1897, no Condado de Jefferson, cerca de 32 km a leste de Tallahassee.
No entanto, o evangelho de Jesus Cristo persistiu e, em 1904, o estado tinha 1.230 membros da Igreja.
“Os membros desta área têm uma reverente admiração por esses membros pioneiros”, disse o presidente Benjamin Smith, presidente da Estaca Tallahassee Flórida.

Ele contou histórias de seus avós paternos sobre reuniões sacramentais realizadas na sala de estar da casa onde sua mãe mora atualmente.
E ele se lembra de histórias de seus avós maternos sobre antepassados que diversas noites ficavam sentados na varanda da frente de casa com uma espingarda, para protegerem os missionários de multidões que poderiam lhes fazer mal.
As histórias de fé dos primeiros pioneiros “forneceram esperança e fortaleceram nosso desejo de viver o evangelho todos os dias”, disse o presidente Smith.
Hoje, o estado é o lar de mais de 172.000 santos dos últimos dias, abrangendo quase 275 congregações.
Reconhecimento da Igreja na área de Tallahassee
A aceitação da Igreja de Jesus Cristo na Flórida evoluiu muito desde então.
Cerca de 18 meses atrás, por exemplo, a estaca Tallahassee realizou um almoço inter-religioso na capela adjacente ao templo. A estaca tinha como objetivo estabelecer e fortalecer relacionamentos com líderes religiosos na comunidade. Cerca de 40 líderes de outras religiões compareceram.
Um ano e meio depois, disse o presidente Smith, “foi uma bênção para muitos desses líderes religiosos visitarem o templo durante a casa aberta. Esta é uma representação da Igreja sendo reconhecida na área de Tallahassee.”
Dallas e Susan Watson, copresidentes do comitê de casa aberta e dedicação, ficaram emocionados ao receberem um total de 40.976 pessoas durante as três semanas de casa aberta do templo no mês de novembro. Isto superou em muito as 25.000 pessoas previstas.
“Os visitantes que não eram de nossa fé, e realmente não sabiam nada sobre o templo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eles foram muito respeitosos e gratos por terem sido convidados para a casa aberta”, disse Susan Watson.

Dallas Watson relatou: “Um ministro protestante, que compareceu durante a semana de visitas para convidados especiais, saiu do templo e comunicou que, enquanto estava na sala celestial com as portas fechadas, sentiu a presença de seu filho falecido.”
Presidente Terry Trusty, presidente da Missão Flórida Tallahassee, disse: “A presença e o reconhecimento da Casa do Senhor despertaram a sensibilidade espiritual de uma comunidade maior e mais diversa.”
Sua esposa e companheira, a síster Ellen Trusty, disse que o Senhor começou a preparar o caminho para este templo há muito tempo, o que é evidente através das tradições religiosas de longa data da área. “O Salvador vive no coração das pessoas do Sul.”


Tirando a Igreja da obscuridade
Os missionários da Missão Tallahassee exerceram seu papel de coligar Israel em ambos os lados do véu, servindo na casa aberta.
Esses missionários iniciavam as tours para os convidados, os acompanhavam até o templo, tiravam fotos dos visitantes no local, respondiam a perguntas, orientavam no estacionamento e muito mais. Eles também convidavam aqueles que ensinavam para o evento, sugerindo que passassem um tempo na sala celestial para contemplarem a paz que sentiriam.
Presidente Trusty disse: “A reverência do Espírito que está presente, está tirando a Igreja da obscuridade para as pessoas nesta área da capital e em toda a missão.”
Não-membros foram atraídos para a luz da Casa do Senhor, disse a síster Trusty. “Eles ficaram curiosos, a princípio, sobre o que acontece no templo, e então anseiam saber como eles também podem ter essas bênçãos.”
Conforme as pessoas que missionários estão ensinando visitavam o templo, várias se comprometeram com o batismo, com a intenção de um dia fazerem convênios no templo, disse o presidente Trusty. Famílias menos ativas, ou que nem todos são membros, também aumentaram a frequência às reuniões sacramentais.
Auxiliando no papel missionário de amar, compartilhar e convidar, “o templo de Tallahassee está inspirando todos nós a sermos melhores, a amarmos mais profundamente e a compartilharmos mais corajosamente”, disse a síster Trusty. “Podemos ver membros e missionários crescendo em seu desejo de fazerem e guardarem convênios sagrados e de amarem, compartilharem e convidarem todos com quem entramos em contato.”
Um refúgio para a próxima geração
O bispo Todd Wahlquist da Ala Tallahassee YSA 5 e sua esposa, Myla Wahlquist, reconheceram as lutas dos novos estudantes universitários — distrações, tentações, desvios do caminho do convênio.
No entanto, apesar desses obstáculos, "você os vê permanecerem no caminho", disse o Bispo Wahlquist. "É a maior bênção da minha vida."
Tallahassee é sede de três faculdades em um raio de 16 quilômetros: Universidade Estadual da Flórida, Universidade A&M da Flórida e Faculdade Estadual de Tallahassee. Então, é adequado ter o templo de Tallahassee, um local de instrução espiritual, juntando-se às universidades como um local de instrução superior.

“Alguns estudantes estão escolhendo essas faculdades porque há um templo aqui”, disse Myla Wahlquist.
O templo será um refúgio e uma força para os estudantes, enquanto eles se adaptam à vida adulta e descobrem as coisas por conta própria, disse Myla Wahlquist.
“É uma força tão estabilizadora, quando tanta coisa está vindo em sua direção, e às vezes parece que está vindo contra eles. O templo é um refúgio disso e uma força, pois eles conseguem estar tão perto do Salvador lá.”
A ala já planejou uma noite do JAS no templo para 19 de dezembro.
Trazendo luz 'como o sol da Flórida'
Em cerca de 10 dias em setembro e outubro, os furacões Helene e Milton devastaram a Flórida e o sudeste dos Estados Unidos. Mais de 20.000 santos dos últimos dias responderam aos desastres, com uma atitude alegre e resolução firme para consolar os que precisavam de consolo.
Membros locais e missionários correram para ajudar aqueles impactados pelos furacões, disse a síster Trusty, trabalhando incansavelmente para remover os destroços e trazer esperança de volta às comunidades devastadas. Até mesmo os próprios santos impactados pelas tempestades procuraram servir aos outros ao seu redor.
“Eles podiam ver a mão do Senhor em seu trabalho e nos olhos das pessoas a quem serviam”, disse ela. “Foi lindo ver a beleza que emergiu das severas dificuldades. Eles levaram luz de uma área para outra, e essa luz foi um convite para todos virem e verem.”
Presidente Smith viu a diligência dos santos dos últimos dias de sua estaca em servirem com alegria. “Vestimos as camisas amarelas do Mãos que Ajudam enquanto nos esforçamos para trazer luz, como o sol da Flórida, durante um momento de desânimo e desespero.”
O bispo Wahlquist viu esse desejo de servir em seus jovens adultos solteiros. “Eles são alguns dos primeiros que desejam se inscrever e ir”, disse ele. “Eles estão animados para irem e querem servir. Eles querem ministrar.”
Myla Wahlquist disse que, “conforme eles aprendem a servir uns aos outros, eles precisam descobrir como servir alguém que é muito diferente deles. Eu acho que há muito crescimento e uma mudança cristã acontecendo nesse processo. E é adorável de se ver.”
