GLEN ALLEN, Virgínia — Uma cena fugaz, mas inesquecível, aconteceu na manhã anterior à dedicação do Templo de Richmond Virgínia.
O fotógrafo do Deseret News, Jeffrey Allred [em inglês], tinha acabado de pousar seu drone, depois de capturar algumas imagens impressionantes do sol nascendo atrás do Templo de Richmond Virgínia, quando uma águia de cabeça branca apareceu sobrevoando.
Observamos maravilhados como o majestoso pássaro, um símbolo de liberdade, desacelerou sobre a estátua do Anjo Morôni como se fosse pousar na trombeta e continuou voando em seu curso. Uma de suas penas se soltou e flutuou até o terreno do templo.
Minha primeira oportunidade de cobrir a dedicação de um templo para o Church News já teve um começo notável.
Houve muitos momentos marcantes durante o fim de semana, mas alguns dos mais memoráveis envolveram conhecer membros locais da Igreja e ouvir suas experiências de fé em Jesus Cristo.
Não muito longe das portas da frente do templo, Renee Hall tocou “Ó Doce, Grata Ora,ção” [em inglês] e outros hinos em uma harpa enquanto uma longa fila de membros da Igreja serpenteava ao redor do templo antes da primeira sessão dedicatória. Ela se inspirou em versículos do Velho Testamento (Neemias 12:27 e 2 Crônicas 5:12), que mencionam harpas sendo tocadas na dedicação dos muros de Jerusalém e do templo de Salomão.
Seu marido, Travis, disse que ela praticou por meses para tocar na dedicação do templo porém, quando acordou naquela manhã, encontrou uma corda arrebentada. Felizmente, ela conseguiu consertar a tempo.
“Sou de uma família pobre, de 10 filhos, da zona rural da Carolina do Sul. Nunca pensei em tocar harpa. Há dez anos, comecei a tocar e sinto que fui preparada para este momento”, disse ela. “É uma grande honra e privilégio compartilhar meu testemunho de Cristo louvando a Deus ao tocar harpa.”
Um amigo santo dos últimos dias apresentou a Igreja a Ryan Michie, de Nova Jersey, enquanto eles faziam um curso de pós-graduação na Universidade de Harvard. Uma profunda experiência espiritual, durante o nascimento de sua filha, levou Michie a querer conhecer e se aproximar de Jesus Cristo. Ele aprendeu mais sobre a Igreja com os missionários de tempo integral e estudando com seu amigo membro durante a pandemia. Mais tarde, ele foi batizado.
Após a dedicação, Michie expressou esperança de que um dia sua família seja selada no templo.
“Tudo o que quero no mundo é estar com minha esposa e filha para sempre”, disse Michie. “Espero que, quando [minha esposa] tiver a oportunidade de se filiar à [Igreja], ela o faça e possamos fazer nossos votos de ficar juntos para sempre.”
Bo Meng trilhou um caminho diferente até a dedicação do templo de Richmond. Ele foi apresentado ao cristianismo quando cursou a faculdade na North Carolina State University [Universidade Estadual da Carolina do Norte] em 2007. Inicialmente, ele não tinha certeza do que pensar, pois cresceu acreditando que Deus não existia.
“Não há Jesus, não há vida espiritual, apenas vida física”, disse ele. “Foi muito difícil para mim entender o evangelho de Jesus Cristo.”
Ele continuou a aprender sobre os ensinamentos do Salvador enquanto frequentava diferentes igrejas na Carolina do Norte e como aluno de pós-graduação em Iowa. Pouco a pouco, sua compreensão aumentou e, como Joseph Smith, ele se perguntou a qual das igrejas deveria se filiar.
Meng aprendeu sobre A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias quando foi para Richmond em 2018, e conheceu os missionários. Ele achou o Livro de Mórmon “fascinante” e com o tempo ganhou um testemunho. Meng foi batizado em 2020.
“Descobri que a Igreja é verdadeira”, disse ele com um sorriso. “Tem sido uma longa jornada.”
E eu, só tinha uma conexão pessoal com a Virgínia.
John Alfred Toone, meu bisavô, serviu como missionário em todo o estado de 1907 a 1909, como parte da Missão dos Estados do Sul. Eu sabia sobre seu trabalho missionário porque passei três anos transcrevendo seus diários para um projeto de história da família, há menos de uma década.
John Alfred passou por Richmond em maio de 1909. Pensei nele com frequência durante as atividades do fim de semana. Eu sabia que ele e seus companheiros estavam muito interessados no que estava acontecendo com o primeiro templo da Virgínia.
Ao refletir sobre minha experiência na dedicação do templo de Richmond, me sinto cheio de gratidão pela oportunidade que tive de estar ali para sentir o Espírito no templo, testemunhar a força dos membros e me lembrar de meu antepassado missionário. Escrever sobre a dedicação foi uma grande bênção que fortaleceu minha fé no evangelho de Jesus Cristo.
Sobretudo, foi inspirador ver o crescimento da Igreja. Senti o poder e a verdade dessas palavras em Doutrina e Convênios 82:14: “Pois Sião deve crescer em beleza e em santidade; suas fronteiras devem ser expandidas; suas estacas devem ser fortalecidas; sim, em verdade vos digo: Sião deve erguer-se e vestir suas formosas vestes.”
– Trent Toone é repórter do Church News
