Menu

‘Vem, e Segue-Me’ de 14 a 20 de agosto: O que líderes e estudiosos da Igreja disseram sobre Romanos 7-16?

O guia de estudo desta semana inclui os ensinamentos do Apóstolo Paulo sobre o amor de Deus, a divindade dos corpos e como o Salvador muda a natureza humana

O guia de estudo “Vem, e Segue-Me” desta semana abrange Romanos 7-16, que inclui os ensinamentos do Apóstolo Paulo sobre o amor de Deus, a natureza divina dos corpos e como o Salvador muda a natureza humana.

O Church News recentemente pesquisou os arquivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para saber o que líderes e estudiosos disseram sobre estes capítulos.

Romanos 7

“O capítulo 7 de Romanos poderia muito bem ser rotulado como ‘Paulo: Antes e depois’. Também pode ser classificado como uma explicação do poder de Cristo em mudar a vida dos homens. Na versão do Rei Jaime, Paulo soa muito como um indivíduo desamparado e amplamente degenerado, que tem pouco poder para escolher o bem e viver de acordo com as coisas de Deus. Paulo é ‘carnal, vendido sob o pecado’ (Romanos 7:14). Além disso, aquelas coisas que ele sabe que deve fazer, ele não faz; o que ele não deve fazer, ele faz. ‘De maneira que agora já não sou eu que faço isso’, acrescenta ele, ‘mas o pecado que habita em mim’ (Romanos 7:17). Não é difícil entender quantos, de Agostinho a Lutero e estudantes da Bíblia em nossos dias, poderiam concluir ao estudarem Romanos 7 que o homem é basicamente uma criatura depravada, incapaz de seguir os caminhos da sabedoria.

“Por meio da tradução inspirada do Profeta, passamos a discernir mais claramente o caráter do Apóstolo Paulo. A [Tradução de Joseph Smith] enfatiza a incapacidade do homem de praticar a retidão sem Cristo.”

— Robert L. Millet, professor emérito de Escrituras Antigas na Universidade Brigham Young, no artigo da revista Ensign de dezembro de 1986, “Joseph Smith e o Novo Testamento” [em inglês]

“A versão inspirada [da Bíblia] enfatiza que o evangelho de Jesus Cristo tem poder para mudar a natureza do homem, da carnalidade para a espiritualidade. Esta é uma doutrina proeminente do Novo Testamento, encontrada especialmente nos escritos de Paulo, mas recebe ênfase e clareza adicionais na tradução de Romanos 7 feita por Joseph Smith.

“Na versão Rei Jaime do capítulo, Paulo afirma que ele é carnal e pecador, e que o bem que ele faria, ele não faz, e o mal que ele não faria, ele faz. Tudo isso está escrito no tempo presente, significando que, na época em que escreveu a epístola aos romanos (provavelmente por volta de 55 d.C., cerca de 20 anos após sua conversão ao evangelho), Paulo parece estar ainda sob a escravidão do pecado, pois o capítulo conclui: ‘com a carne [sirvo] à lei do pecado’ (Romanos 7:25).

“Estas são declarações estranhas, feitas muitos anos depois de Paulo ter experimentado o poder purificador do evangelho de Jesus Cristo. Além disso, contradiz muitas outras instâncias em que ele declara que Cristo o libertou e que, pelo poder de Cristo, ele não pode mais andar segundo a carne, mas segundo o Espírito (consulte Romanos 8, especialmente os versículos 1–10, na versão do Rei Jaime).

“A versão inspirada de Romanos 7, traça uma distinção clara entre a vida de Paulo sob a lei de Moisés e sua vida sob o evangelho de Jesus Cristo, e o capítulo conclui com a declaração de Paulo de que ele serviria à lei do pecado com sua carne, caso ele se deixasse dominar pelo pecado que estava nele. …

“Todo o teor deste capítulo, conforme apresentado na versão inspirada, é que quando Paulo obteve o evangelho, ele se tornou um homem mudado e teve poder sobre o pecado, que antes ele não tinha. Este é o testemunho dinâmico de Paulo de que o evangelho pode ter uma influência poderosa na vida humana, e que Cristo é o poder capacitador para se alcançar a justiça.

“Como a versão do Rei Jaime falha em colocar ênfase suficiente na mudança que o evangelho fez na natureza de Paulo, o capítulo discorda de muitas das outras declarações de Paulo, enquanto a versão inspirada reafirma a harmonia dos ensinamentos de Paulo.”

— Robert J. Matthews, ex-decano de Educação Religiosa da Universidade Brigham Young, no artigo da revista Ensign de setembro de 1975, “As partes claras e preciosas: Como as escrituras modernas nos ajudam a compreender o Novo Testamento” [em inglês]

Romanos 8

“Em Romanos 8:16 lemos: ‘O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. A primeira vez que me lembro de ter sentido com toda a certeza de que o Pai Celestial me conhecia, me amava e Se importava comigo, foi quando entrei nas águas do batismo, aos quinze anos de idade. Antes disso, eu sabia que Deus existia e que Jesus Cristo era o Salvador do mundo. Acreditava Neles e Os amava, mas nunca senti Seu amor e Sua preocupação para comigo, individualmente, até aquele dia, quando me regozijei na oportunidade de fazer os convênios batismais. …

“Sei hoje, que Deus é um Deus de amor. Isso é verdade porque somos Seus filhos e Ele deseja que todos nós tenhamos alegria e felicidade eternas. Sua obra e Sua glória é que tenhamos imortalidade e vida eterna. É por isso que Ele providenciou um plano eterno de felicidade para nós. Nosso propósito na vida é alcançar nossa própria vida eterna e exaltação, e ajudar outros a fazerem o mesmo. Ele criou esta Terra para que recebêssemos um corpo físico e fôssemos provados em nossa fé. Ele deu-nos o precioso dom do arbítrio, por meio do qual podemos escolher o caminho que leva à felicidade eterna. O plano de redenção do Pai Celestial é para nós. É para todos os Seus filhos.”

— Irmã Silvia H. Allred, na época primeira conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro, conferência geral de outubro de 2010, “Firmes e Inamovíveis

“‘Quem nos separará do amor de Cristo?’ perguntou o Apóstolo Paulo. Nem a tribulação; nem a perseguição; nem o perigo ou a espada (ver Romanos 8:35). ‘Porque estou certo de que’, concluiu ele, ‘nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, … nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus’ (versículos 38–39).

“Não existe maior evidência do poder e da perfeição infinitos do amor de Deus, do que as palavras do Apóstolo João: ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito’ (João 3:16). Outro Apóstolo escreveu que Deus ‘nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós’ (Romanos 8:32). Pensem em como deve ter afligido nosso Pai Celestial enviar Seu Filho para suportar por nossos pecados um sofrimento incompreensível. Essa é a maior evidência de Seu amor a cada um de nós!”

— O então Élder Dallin H. Oaks, conferência geral de outubro de 2009, “O amor e a lei

Romanos 10

“Alguns presidentes de missão nos informaram que há muitos excelentes membros da Igreja que se camuflam diante de seus vizinhos e colegas de trabalho. Eles não revelam aos outros quem são nem aquilo em que acreditam. Precisamos que os membros se envolvam muito mais em divulgar a mensagem da Restauração. Romanos 10:14 dá-nos o quadro da situação:

“‘Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?’

O versículo 15 traz uma mensagem maravilhosa baseada em Isaías:

“‘Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas’ (ver também Isaías 52:7).

“Já nos foi dito que os membros terão de “colocar mãos à obra” e “fazer-se ouvir” se quiserem alcançar essa bênção.”

— Élder Quentin L. Cook, conferência geral de outubro de 2007, “Viver da Fé, Não do Temor

Romanos 12

“Uma vida consagrada respeita a incomparável dádiva do corpo físico, uma criação divina feita à própria imagem de Deus. O propósito principal da vida mortal é o de que todo espírito receba um corpo assim, e aprenda a exercer o arbítrio moral em um tabernáculo de carne. O corpo físico também é essencial à exaltação, que somente é alcançada pela combinação perfeita do físico com o espiritual, como vemos em nosso amado Salvador ressuscitado. Neste mundo decaído, alguns terão uma vida dolorosamente curta; outros terão um corpo deformado, débil ou pouco adequado para manter a vida; mas a duração da vida será suficientemente longa para cada espírito, e cada corpo terá direito à ressurreição. …

“Se reconhecermos estas verdades… certamente não vamos desfigurar o corpo, com tatuagens; nem o debilitar, com drogas; nem o desonrar, com fornicação, adultério ou falta de recato. Por ser o instrumento de nosso espírito, é vital que cuidemos deste corpo da melhor forma possível. Devemos consagrar seus poderes para servir e levar adiante o trabalho de Cristo. Paulo disse: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’ (Romanos 12:1).”

— Élder D. Todd Christofferson, conferência geral de outubro de 2010, “Reflexões sobre uma vida consagrada

Romanos 15

“Finalmente, a ajuda está disponível na Igreja. Tem sido assim em todas as dispensações. O próprio Paulo era um assistente social, em um sentido muito moderno do termo. Nós o encontramos escrevendo em Romanos 15:

“‘Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.

“Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.

“‘Porque lhes pareceu bem, e são-lhes devedores. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais’ (Romanos 15:25-27).

“A obrigação da Igreja de ajudar os pobres é aqui colocada por Paulo em pé de igualdade, com a comunicação das riquezas espirituais aos que estão nas trevas. Por ambos os meios, acumulamos tesouros no céu.”

— Presidente Marion G. Romney, conferência geral de abril de 1980, “Bem-Estar da Igreja — Serviço temporal em um ambiente espiritual” [em inglês]

Romanos 16

“Ao encerrar sua carta aos romanos, Paulo apresentou Febe aos santos com estas palavras:

“Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencreia:

“Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo’ (Romanos 16:1-2).

“Paulo usa três títulos que fornecem informações sobre o caráter e a posição de Febe: ‘nossa irmã [adelphē]’, ‘uma serva [diakonos] da igreja’ e ‘uma socorrista [prostatis] de muitos’. O significado e a função de cada título indicam que Febe desempenhou um papel significativo em ministrar aos outros na Igreja primitiva.

“Pelo título de adelphē de Febe, podemos observar que ela era um membro ativo de sua comunidade cristã em Cencreia, um porto perto de Corinto, na Grécia. Paulo reconheceu Phebe como uma participante ativa na obra do Senhor na área onde ela morava. Considerando que seu nome é grego, Febe provavelmente era uma gentia convertida ao cristianismo. …

“Paulo recomendou Febe aos romanos por causa do serviço cristão significativo, incluindo sua confiança nela para entregar esta importante carta de uma distância considerável.

“O termo prostatis é o mesmo usado nas cartas de Paulo para descrever os líderes cristãos do sexo masculino (ver 1 Tessalonicenses 5:12; 1 Timóteo 3:4; 5:17). Em grego, a palavra conota um benfeitor, protetor, patrono ou líder de um grupo ou clube. A referência de Paulo a Febe como padroeira sugere que ela foi um benefício significativo para Paulo especificamente, e para a Igreja em geral. Se essa assistência à Igreja primitiva foi financeira, espiritual, temporal ou de algum outro tipo, Paulo não diz. …

“Embora sua presença nas escrituras seja mínima, podemos aprender com o exemplo de devoção de Febe ao trabalho de ministrar na Igreja. Notavelmente, Paulo optou por não identificar maneiras específicas pelas quais Febe serviu à causa do cristianismo em sua época, apenas que ela era confiável e que seu serviço era importante para a Igreja. Ao sermos servos amorosos e ‘socorristas’ daqueles que nos cercam, podemos deixar um legado semelhante.”

— Camille Fronk Olson, professora emérita de Escrituras Antigas na Universidade Brigham Young, no artigo da revista Ensign de agosto de 2019, “Mulheres no Novo Testamento: Febe” [em inglês]

“Ao encerrar sua epístola, o Apóstolo Paulo enviou sua saudação aos ‘da família de Aristóbulo’ e pediu que seu leitor saudasse ‘os da família de Narciso, os que estão no Senhor’. A [Tradução de Joseph Smith] muda ‘família’ em cada instância para ‘igreja’ (TJS, Romanos 16:10-11, notas de rodapé 10a, 11a).

“Então, enquanto a [versão Rei Jaime] sugere que Paulo estava escrevendo para famílias individuais, a TJS mostra que ele está escrevendo para líderes de unidades da igreja local. À medida que a Igreja primitiva se expandia, as reuniões eram realizadas nas casas dos membros. Os apóstolos designaram líderes para essas ‘igrejas domésticas’ para guiarem e ensinarem o povo e suprirem suas necessidades. A Tradução de Joseph Smith deixa claro que Paulo estava se dirigindo a esses líderes locais e suas congregações, não apenas a suas famílias.”

— Richard D. Draper, professor emérito de Escrituras Antigas na Universidade Brigham Young, no artigo da revista Ensign de setembro de 1999, “Nova luz sobre os ensinamentos de Paulo” [em inglês]

“O capítulo final de várias das epístolas é especialmente relacionado a notícias e fornece uma abundância de informações pessoais sobre muitos membros da Igreja. Isso é especialmente perceptível em 1 Coríntios 16, Romanos 16, Colossenses 4 e 2 Timóteo 4, nos quais aprendemos que a Igreja realizava reuniões nas casas dos membros, que muitos membros eram fiéis com grande risco para sua segurança e até mesmo suas vidas, e que vários irmãos estavam doentes, ou na prisão, ou abandonaram Paulo, ou enviaram suas saudações, ou se mudaram, etc.

“Também aprendemos com as epístolas que Paulo geralmente não escreveu as próprias epístolas, mas empregou um escriba. Assim, Tércio escreveu a epístola aos romanos (ver Romanos 16:22), e é provável que outros escribas tenham escrito outras das epístolas, embora Paulo tenha o cuidado de afirmar que ele mesmo as assinou: ‘Saudação da minha própria mão, de mim, Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo’ (2 Tessalonicenses 3:17; ver também Colossenses 4:18; 1 Coríntios 16:21).”

— Robert J. Matthews, ex-decano de Educação Religiosa da Universidade Brigham Young, no artigo da revista New Era de abril de 1977, “Paulo escreve sobre a Igreja” [em inglês]

O guia de estudo desta semana inclui os ensinamentos do Apóstolo Paulo sobre o amor de Deus, a divindade dos corpos e como o Salvador muda a natureza humana.
O guia de estudo desta semana inclui os ensinamentos do Apóstolo Paulo sobre o amor de Deus, a divindade dos corpos e como o Salvador muda a natureza humana. | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
HISTÓRIAS RELACIONADAS
‘Vem, e Segue-Me’ de 7 a 13 de agosto: O que líderes e estudiosos da Igreja disseram sobre Romanos 1-6?
‘Vem, e Segue-Me’ de 31 de julho a 6 de agosto: O que líderes e estudiosos da Igreja disseram sobre Atos 22-28?
‘Vem, e Segue-Me’ de 24 a 30 de julho: O que líderes e estudiosos da Igreja disseram sobre Atos 16-21?
NEWSLETTER
Receba destaques do Church News entregues semanalmente na sua caixa de entrada grátis. Digite seu endereço de e-mail abaixo.