Concentrando-me na diversidade cultural que tinha à minha frente, comecei a contar os países que via representados: Samoa, Fiji, Índia, Coreia, Filipinas, Tonga e Tailândia. Até mesmo um jovem com chapéu de cowboy estava lá para representar a parte continental dos Estados Unidos.
E a lista não terminou aí. Ouvi os alunos falarem sobre o Japão, a Mongólia, Kiribati e países da América Latina.
Virei-me para um estudante, Wilford Wu, sentado na praia e comecei a compartilhar os detalhes de minha admiração.
Wu concordou que a representação e a diversidade eram impressionantes, mas depois articulou a sua parte favorita daquele encontro único.
“Todos acreditamos na mesma coisa”, disse ele.
Ele falou sobre vir ao Havaí para estudar e encontrar amigos de todo o mundo. “Posso ver em Laie a alegria do evangelho ao ver todos juntos”, disse ele.
Wu citou Presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidência, falando sobre união.
Minha mente imediatamente voltou para uma época, há apenas um ano, quando também ouvi Presidente Oaks falar sobre o poder da união, enquanto oferecia uma mensagem histórica em Chicago, Illinois.
“Que mundo diferente seria se o amor fraternal e a ajuda altruísta transcendessem todas as fronteiras de nação, credo e cor”, disse Presidente Oaks, no sábado, 11 de fevereiro de 2023. “Tal amor não apagaria todas as diferenças de opinião e ação, mas encorajaria cada um de nós a focarmos nossa oposição em atos, ao invés de quem pratica a ação.”
Dirigindo-se aos membros de 14 estacas de Illinois, Indiana e Wisconsin, como parte de uma designação ministerial no fim de semana, Presidente Oaks pediu aos santos dos últimos dias que prosseguissem, tendo “amor a Deus e a todos os homens” (2 Néfi 31:20).
“Este ensinamento, de seguir o mandamento de nosso Salvador de amarmos uns aos outros como Ele nos ama, é um de nossos maiores desafios”, disse Presidente Oaks. “Exige que vivamos juntos com respeito mútuo pelas diferenças uns dos outros no mundo de hoje. No entanto, esta convivência com as diferenças é o que o evangelho de Jesus Cristo nos ensina que devemos fazer.”
Presidente Russell M. Nelson também pediu a todos nós que promovêssemos o respeito fundamental pela dignidade humana de cada alma humana.
“Precisamos trabalhar incansavelmente para construir pontes de entendimento, em vez de criar muros de segregação. Rogo para que trabalhemos juntos pela paz, pelo respeito mútuo e por uma manifestação de amor por todos os filhos de Deus.”
Em nenhum lugar a rede do evangelho parece mais abrangente do que no campus da BYU-Havaí.
Élder Clark G. Gilbert, Setenta Autoridade Geral e comissário de educação da Igreja, chamou a BYU-Havaí de pedra angular do Sistema Educacional da Igreja na Ásia/Pacífico. Aproximadamente, 100 países estão representados no corpo discente da universidade.
A universidade está cumprindo o potencial e as promessas compartilhadas por Presidente David O. McKay há cerca de 70 anos.
Em um campo de cana-de-açúcar em Laie, Havaí, em 12 de fevereiro de 1955, Presidente McKay fundou a Church College of Hawaii [Faculdade da Igreja do Havaí].
Naquele dia, ele falou de uma visão que teve 34 anos antes, quando testemunhou um grupo de crianças de uma escola, participando de uma cerimônia de hasteamento da bandeira, em uma escola da Igreja em Laie. Presidente McKay contou que viu naquelas crianças a capacidade do evangelho de Jesus Cristo de unir todas as pessoas.
Depois ele falou sobre a influência da nova faculdade, que mais tarde se tornaria a Universidade Brigham Young-Havaí. “Garanto que desta faculdade, sairão homens e mulheres cuja influência será sentida para o bem no estabelecimento da paz a nível internacional”, disse ele.
Enquanto minha mente voltava para a praia à minha frente, observei os alunos ajudando uns aos outros a cruzarem as rochas íngremes e pontiagudas, até o local que iriam filmar. Outro estudante estava em sua frente realizando a dança samoana da faca de fogo para as câmeras. Alguns minutos depois, todos estavam juntos.
Pouco antes de Wu e seu amigo se levantarem e correrem para fazer parte das fotos, ele falou sobre sua educação e seus planos de retornar ao seu país para compartilhar o que aprendeu.
Em um mundo definido pela polarização política, tensões raciais e divisões culturais, Wu entende que o evangelho de Jesus Cristo, bem como as instituições educativas que o evangelho patrocina, podem promover a união.
“Por causa do evangelho”, disse ele, “todos estes países se unem como um só.”
— Sarah Jane Weaver é editora executiva do Church News.